Dinalva Heloiza
(Um manifesto pela alegria como propósito e coragem
diante da vida)
Há uma sabedoria quase ancestral escondida nas palavras simples e certeiras da música dos Titãs: “É preciso saber viver”. Embora soe como um grito ou um conselho leve, quase um sussurro ao vento, essas palavras carregam o peso da existência humana em sua forma mais honesta. Em tempos de incertezas, angústias e desilusões — com o outro e com o mundo — viver se torna um ato de coragem. E mais do que sobreviver, o que precisamos é aprender a viver com sentido, com alma, com propósito.
Viver é, acima de tudo, um exercício constante de
reinvenção.
É sobre descobrir, mesmo em meio ao caos, um fio de alegria que nos conduz para
dentro — onde mora a essência que nos sustenta.
Porque a alegria não é ausência de dor, mas sim uma
escolha diária de não permitir que ela nos defina.
É um olhar que insiste em ver beleza, mesmo nos dias cinzentos.
É sorrir com os olhos cansados, é agradecer mesmo quando o peito aperta.
É acreditar que o amor, a gentileza, a empatia e a gratidão não são apenas
valores, mas bússolas — para nos guiar em mares revoltos.