sábado, 6 de setembro de 2025

Economia Criativa - Motor do Desenvolvimento Sustentável no Brasil!

 Dinalva Heloiza


A Economia Criativa deixou de ser apenas uma tendência e se consolidou como um pilar estratégico para o desenvolvimento sustentável no mundo. Segundo dados da UNESCO, o setor cultural representa 6,1% da economia global, movimentando US$ 2,25 bilhões por ano e oferecendo empregos para quase 30 milhões de pessoas, principalmente jovens entre 15 e 29 anos. É um setor que não apenas cresce rapidamente, mas também abre portas para inclusão social, diversidade e inovação.

No Brasil, 2025 marca um período de fortalecimento e novas oportunidades para a economia criativa. A recriação da Secretaria de Economia Criativa no Ministério da Cultura é um passo decisivo para consolidar a Política Nacional de Economia Criativa (Brasil Criativo), promovendo ambiente regulatório, incentivos e políticas públicas que valorizam o talento e o empreendedorismo cultural.

O setor brasileiro movimenta cerca de R$ 230 bilhões e emprega 7,8 milhões de pessoas, segundo o Mapeamento da Indústria Criativa 2025 da Firjan. O estudo detalha 13 segmentos criativos, destacando a importância crescente da inteligência artificial na produção cultural, gestão de negócios e novas formas de engajamento com o público. Eventos como o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR) 2025, que acontecerá em dezembro, fortalecem esse ecossistema ao oferecer capacitação, networking e oportunidades de negócios para empreendedores de todo o país.

No âmbito local, Goiás tem se destacado como território de fomento à economia criativa. Em 2025, programas como o Goiás Feito à Mão e eventos de grande impacto cultural, como a FeirArte e a Claque Cultural – a maior maratona cultural do Brasil – reforçam o compromisso com a valorização da identidade regional, o fortalecimento de pequenas empresas e artesãos, e a difusão de produtos culturais. O governo investiu em editais e iniciativas que promovem o desenvolvimento socioeconômico, gerando renda e oportunidades para comunidades locais.

A economia criativa, portanto, não é apenas um setor econômico; é uma ferramenta estratégica de transformação social, cultural e ambiental. Ao integrar inovação, cultura e sustentabilidade, o Brasil tem a chance de se posicionar como referência global em desenvolvimento criativo, enquanto cidades como Goiânia se consolidam como polos de criatividade, geração de emprego e inclusão social.

Investir na economia criativa é, acima de tudo, apostar em um futuro mais inclusivo, sustentável e próspero, onde cultura e inovação caminham lado a lado com desenvolvimento econômico e qualidade de vida.

No Brasil, o Setor da Economia Criativa é composto por atividades econômicas que têm como base a criação, a cultura, o conhecimento, a inovação e a propriedade intelectual. O Ministério da Cultura e estudos como o da FIRJAN e Sebrae apontam que a economia criativa engloba os seguintes setores, e com os avanços da inovação, certamente muitos outros setores se integrarão em breve. 

1. Artes e Cultura

  • Música (produção, execução, distribuição)
  • Artes cênicas (teatro, dança, circo)
  • Artes visuais (pintura, escultura, fotografia)
  • Literatura e editorial (livros, revistas, quadrinhos)
  • Patrimônio cultural e museus

2. Audiovisual e Multimídia

  • Cinema
  • Televisão
  • Vídeo e produção digital
  • Animação
  • Produção de conteúdo digital (YouTube, streaming)

3. Moda

  • Design de moda
  • Confecção e vestuário
  • Acessórios e joalheria
  • Calçados

4. Design e Arquitetura

  • Design gráfico
  • Design industrial e de produto
  • Design de interiores
  • Arquitetura e urbanismo

5. Publicidade e Comunicação

  • Publicidade e propaganda
  • Marketing digital
  • Branding e design estratégico
  • Relações públicas

6. Software e Jogos Digitais

  • Desenvolvimento de software
  • Aplicativos
  • Jogos digitais e de videogame
  • Realidade virtual e aumentada

7. Artesanato e Produção Manual

  • Artesanato regional e cultural
  • Produtos decorativos
  • Produtos sustentáveis feitos à mão

8. Gastronomia Criativa

  • Restaurantes e bares com conceito inovador
  • Food design
  • Experiências culinárias e gastronomia autoral

9. Conteúdo Digital e Produção de Conhecimento

  • Produção de conteúdo para plataformas digitais
  • Educação criativa (cursos e workshops)
  • Jornalismo e mídias alternativas

10. Inovação e Tecnologia Criativa

  • Startups criativas
  • Laboratórios de inovação
  • Tecnologias aplicadas à cultura e entretenimento

Alguns estudos também agrupam turismo criativo e arquitetura paisagística dentro de subáreas da economia criativa, considerando a experiência cultural e estética como produto econômico.

E a sua empresa, já se integra  a este agrupamento de setores? Deixe um comentário!

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