Dinalva Heloiza
Vivemos tempos em que o autoritarismo deixou de ser uma sombra que ronda palácios de governo ou quartéis e passou a habitar, sem pudores, os espaços mais comuns do cotidiano: a fila do banco, a entrada de um aeroporto, uma simples conversa entre um chefe e um funcionário, ou até mesmo a postura de um cliente diante de um atendente. O autoritarismo social, esse comportamento que alimenta o sentimento de superioridade de uns em detrimento de outros, é hoje um dos sintomas mais tóxicos de uma sociedade adoecida pela desigualdade, pela vaidade e pela ausência de empatia.