Dinalva Heloiza
Vivemos os primeiros 25 anos deste Terceiro Milênio como uma espécie que insiste em se afastar daquilo que nos torna verdadeiramente humanos. O que era para ser uma era de avanço civilizatório, evolução nas relações e expansão do conhecimento, tornou-se uma travessia sombria, marcada por guerras intermináveis, polarizações extremas, indiferença à dor alheia e uma evidente falência ética.A palavra “humanidade” tornou-se cada vez mais uma abstração. Nossos comportamentos diários contradizem o sentido profundo que ela deveria carregar: solidariedade, empatia, respeito, compaixão. Em seu lugar, presenciamos o triunfo do egoísmo, da violência simbólica e concreta, e da superficialidade nas relações humanas.