Apresento aqui um resumo dos dados e considerações publicadas pelo pesquisador
do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada - Leonardo Mello de Carvalho,
em 30/09 - Vale conferir os Indicadores mensais apontados pelo pesquisador nos
cenários nacionais da indústria, comércio e serviços.
O mercado de trabalho segue apresentando sinais robustos de crescimento em 2024, favorecido por melhores condições de acesso ao crédito. Esse cenário tem impulsionado as vendas de bens e serviços ao longo do ano, mantendo uma trajetória positiva. Após um ano de frustração em 2023, a demanda por bens de capital também desponta como um fator relevante de recuperação, beneficiando especialmente a indústria de transformação, ainda que em um ritmo moderado. Além disso, o aumento nas importações reflete esse movimento, juntamente com o crescimento do consumo aparente (CA) de bens industriais, que supera a produção física.
Os primeiros meses do segundo
semestre não trouxeram grandes mudanças, ainda que o cenário continue marcado
por certa volatilidade. No entanto, a expectativa é de uma desaceleração
gradual até o final de 2024, em comparação ao forte crescimento observado no
primeiro semestre. Em termos de política econômica, o Banco Central do Brasil
(BCB) iniciou em setembro um novo ciclo de alta na taxa de juros, enquanto o
impulso fiscal do governo tende a ser mais contido em relação ao passado
recente. No que diz respeito à situação financeira das famílias, embora a massa
salarial real continue a crescer, a pressão inflacionária, principalmente nos
serviços, tem se mostrado um desafio.
Nesse contexto, o Monitor do PIB
da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou um recuo de 0,4% em julho, com ajuste
sazonal, no início do terceiro trimestre de 2024. Comparado ao mesmo período de
2023, houve um avanço de 5,4%, o maior desde março do ano passado. O carry-over
para o terceiro trimestre ficou em 1,0%. De forma semelhante, o Índice de
Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou queda marginal de
0,1%, com crescimento anual de 5,3%, resultando em um carregamento estatístico
de 0,6%.
Por fim, o indicador de difusão
do Ipea, que mede a amplitude da recuperação econômica, também refletiu essa
volatilidade. Em julho, 41,7% dos setores analisados registraram crescimento,
abaixo da média histórica de 51,5% e significativamente menor que os 74,8%
observados no período anterior. Com base na média móvel trimestral, o indicador
de difusão ficou em 51,6% em julho, conforme ilustrado no (gráfico 01, acima.)
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