quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Desempenho Mensal da Indústria, Comércio e Serviços - IPEA em 30 setembro 2024.




Apresento aqui um resumo dos dados e considerações publicadas pelo pesquisador do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Leonardo Mello de Carvalho, em 30/09 - Vale conferir os Indicadores mensais apontados pelo pesquisador nos cenários nacionais da indústria, comércio e serviços.  


O mercado de trabalho segue apresentando sinais robustos de crescimento em 2024, favorecido por melhores condições de acesso ao crédito. Esse cenário tem impulsionado as vendas de bens e serviços ao longo do ano, mantendo uma trajetória positiva. Após um ano de frustração em 2023, a demanda por bens de capital também desponta como um fator relevante de recuperação, beneficiando especialmente a indústria de transformação, ainda que em um ritmo moderado. Além disso, o aumento nas importações reflete esse movimento, juntamente com o crescimento do consumo aparente (CA) de bens industriais, que supera a produção física.


Os primeiros meses do segundo semestre não trouxeram grandes mudanças, ainda que o cenário continue marcado por certa volatilidade. No entanto, a expectativa é de uma desaceleração gradual até o final de 2024, em comparação ao forte crescimento observado no primeiro semestre. Em termos de política econômica, o Banco Central do Brasil (BCB) iniciou em setembro um novo ciclo de alta na taxa de juros, enquanto o impulso fiscal do governo tende a ser mais contido em relação ao passado recente. No que diz respeito à situação financeira das famílias, embora a massa salarial real continue a crescer, a pressão inflacionária, principalmente nos serviços, tem se mostrado um desafio.

Nesse contexto, o Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou um recuo de 0,4% em julho, com ajuste sazonal, no início do terceiro trimestre de 2024. Comparado ao mesmo período de 2023, houve um avanço de 5,4%, o maior desde março do ano passado. O carry-over para o terceiro trimestre ficou em 1,0%. De forma semelhante, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou queda marginal de 0,1%, com crescimento anual de 5,3%, resultando em um carregamento estatístico de 0,6%.

Por fim, o indicador de difusão do Ipea, que mede a amplitude da recuperação econômica, também refletiu essa volatilidade. Em julho, 41,7% dos setores analisados registraram crescimento, abaixo da média histórica de 51,5% e significativamente menor que os 74,8% observados no período anterior. Com base na média móvel trimestral, o indicador de difusão ficou em 51,6% em julho, conforme ilustrado no (gráfico 01, acima.)

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