Dinalva Heloiza
Vídeo do Evento
Com o objetivo de fomentar a moda e a cultura com inclusão
social, o ‘Fashion Inclusive Brazil’ trouxe para o Rio de Janeiro estilistas
nacionais e internacionais que apresentaram coleções com referências indígenas
e principalmente africanas. O evento fez parte das atividades da ONU no
contexto da Década Internacional de Afrodescendentes.
“Eu quis sair um pouco das estampas e passei a trabalhar com
as cores primárias para destacar uma África mais contemporânea, mais urbana.
Quando usamos a África como referência, você pode explorar mais na passarela
porque há cores, sementes, terra, animais”, contou em entrevista ao Centro de
Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) o estilista Alexandre
Matos.
Selo comemorativo da Fashion Inclusive Brazil, pelo aniversário da Cidade Maravilhosa
Banner Promocional da Fashion Inclusive BrazilDurante os intervalos, 18 vídeos produzidos pela ONU foram exibidos. O evento faz parte das atividades da ONU no contexto da Década Internacional de Afrodescendentes.
“Nesta primeira edição, eu pensei em um evento multiétnico e
criei esse projeto para integrar diferentes culturas e pensar no
desenvolvimento sustentável no setor de moda”, disse Irma Alves, diretora
executiva do evento realizado no Centro Cultural da Ação da Cidadania, no
centro histórico do Rio.
Nascida e crescida na Tanzânia, a estilista Bijoux Amina
ressalta que as estampas usadas em suas coleções contam muito sobre a sua
cultura e de uma região conhecida como os Grandes Lagos, que engloba países
como República Democrática do Congo, Burundi e Tanzânia. Para ela, nos últimos
anos, o mundo vem reconhecendo o valor da moda africana e o resultado disso
está nas passarelas dos grandes centros de moda.
Grife Lucidez
“Todo mundo quer usar muitas cores, estampas, por isso, acho
que o estilo africano está ganhando mercado. Se você fizer um vestido ou uma
saia com tecido africano, tudo fica lindo!”, disse Bijoux, comemorando o fato
de estar entre os estilistas convidados.
Vivendo há quatro anos no Brasil, a camaronesa Kristiane
Charrier, criadora da grife Keola, não prioriza uma África pura em seu
trabalho. Ela também usa referências de todo o mundo porque acredita em uma
moda complementar, integrada.
De ONU Brasil
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