Dinalva Heloiza
Neste 5 de junho de 2025, Dia Mundial do Meio Ambiente, o Brasil deveria estar celebrando seu imenso patrimônio natural: as maiores reservas de água doce do planeta, a maior floresta tropical do mundo, uma biodiversidade sem igual, biomas únicos como o Cerrado, a Caatinga e o Pantanal, e povos originários que protegem a terra com sabedoria ancestral. Mas, ao invés disso, o que temos é motivo de profunda preocupação — e indignação.
O Brasil, que poderia ser protagonista global na agenda ambiental, está se tornando símbolo do desmonte ecológico. E esse desmonte não vem das queimadas ou das motosserras apenas — ele está sendo legalizado nos plenários do Congresso Nacional. De forma sorrateira, acelerada e conivente, projetos de lei estão sendo aprovados ou articulados nos bastidores para fragilizar a legislação ambiental e, com isso, entregar os nossos bens naturais ao apetite voraz de setores econômicos que veem a natureza apenas como recurso e lucro.