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Você sabia que o grau de interação de um país com outros mercados é
determinante para a competitividade da economia? Apesar disso, há muitas
impressões equivocadas sobre o papel da exportação, da importação e dos
investimentos internacionais no desempenho de um país. Descubra abaixo seis dos
mitos mais comuns sobre a internacionalização das empresas.
1. Exportar é bom, importar é
ruim
Na verdade, exportação e importação são dois lados da mesma moeda. Ao
importar, a empresas aumentam o valor agregado de seus produtos e,
consequentemente, da indústria nacional. Um país que não importa não é
competitivo no mercado internacional. A criação de um "mercado
cativo" para os produtos nacionais diminui os estímulos à eficiência e
inovação. A importação permite à industria agregar valor aos seus produtos e
aumenta a competitividade da indústria nacional.
2. O Brasil é um grande ator no
comércio mundial
O Brasil é a 7ª economia do mundo. Apesar disso, o país é apenas o 25º
no ranking de participação no comércio internacional, atrás de Arábia Saudita,
Bélgica e México. Daí a importância de assinar novos acordos comerciais para
intensificar a participação brasileira no comércio mundial.
3. Só as grandes empresas
conseguem exportar
As grandes empresas, de fato, concentram 95,9% do valor exportado pelo Brasil,
mas, em número absoluto de empresas exportadoras, as micro e pequenas são
maioria: responderam por 42,1% das companhias, em 2013. Para aumentar a
participação de negócios menores, é preciso ampliar e baratear o financiamento
das exportações.
4. O mercado interno é suficiente
para o crescimento da indústria
Que o mercado interno do Brasil é grande, ninguém duvida. Mas 98% dos
consumidores do mundo estão fora das fronteiras. Além disso, o mercado externo
é fonte de grande demanda e, portanto, de aumento de lucro e inovação. Ter
mercados no exterior diversifica o risco e deixa a empresa menos vulnerável aos
ciclos negativos da economia doméstica.
5. O setor de serviços não é
importante para a indústria brasileira
Aproximadamente 40% do valor agregado das exportações brasileiras vêm
do consumo de serviços, média superior a de outras economias emergentes como
Rússia e China. Os serviços como design, moda, energia, infraestrutura,
serviços financeiros e telecomunicações são fundamentais para o desenvolvimento
industrial. Políticas integradas de serviços e indústria podem reduzir custos,
aumentar a agregação de valor, ampliar as exportações, além de gerar emprego e
renda.
6. Investir no exterior diminui
os investimentos e os empregos no Brasil
Os investimentos brasileiros no exterior ajudam as empresas a acessar
novos mercados e a aumentar as exportações a partir do Brasil. Esse
crescimento, por sua vez, provoca mais investimentos na produção local e gera
empregos. Além disso, atuar no exterior significa ter clientes mais exigentes,
o que torna as empresas mais produtivas, inovadoras e competitivas. As
principais economias do mundo têm políticas consistentes bem definidas de apoio
aos investimentos de suas multinacionais no exterior.
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