Cultura empreendedora
avança no Brasil e estimula negócios em áreas como digital, design, moda, eventos, gastronomia,
mobilidade, arquitetura, educação online, cultura e noite.
O Brasil tem vivido nos últimos anos um fenômeno que merece
ser observado de perto. Está se desenvolvendo com força no País uma cultura
empreendedora, o que já é visível a olho nu e constatado por estudos e
pesquisas.
Nesse contexto, os negócios relacionados ao mercado da
criatividade ocupam lugar de destaque. Eles têm se multiplicado e atraído cada
vez mais os brasileiros, com destaque para os jovens, assim como investidores
dispostos a apoiar os projetos. Estamos falando de microempresas em áreas como
digital, design, moda, eventos, mobilidade, arquitetura gastronomia, audiovisual,
educação online, cultura e noite.
Criatividade e
empreendedorismo
Os dados atestam o crescimento do empreendedorismo e da
economia criativa.
Foi divulgada há alguns dias a nova edição do estudo Global
Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada mundialmente pela London Business
School e pela Babson College – no Brasil, os responsáveis são o Sebrae e o
Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade ( IBQP).
Conforme reportagem do Estado de S.Paulo, a pesquisa mostra
que o Brasil é o líder mundial em ranking de empreendedorismo, com a maior taxa
de empreendedores entre a população adulta de um país.
Porta de entrada
Se analisarmos especificamente os números relacionados à
economia criativa, veremos que essa área é uma das principais portas para quem
deseja empreender.
Uma pesquisa recente da Federação das Indústrias do Rio de
Janeiro (Firjan) mostra que o número de postos de trabalho nesse setor cresceu
90% nos últimos dez anos, bem superior ao avanço do mercado em geral (56%). Os
negócios ligados à criatividade faturam R$ 126 bilhões e empregam 900 mil
pessoas no Brasil, segundo a Firjan.
Oportunidades
O que esses dados indicam é que o despertar do
empreendedorismo no Brasil passa diretamente pela economia criativa. Meu
palpite é que isso pode ser explicado, entre outros motivos, pela baixa
barreira de entrada (são negócios que não exigem muito capital inicial, a não
ser o intelectual). Outra razão são as
facilidades geradas pela tecnologia digital, que deu acesso à informação,
ampliou mercados e facilitou o contato com os consumidores, seja para divulgar
produtos e serviços oferecidos em locais físicos, seja para vender diretamente
pela rede.
Além disso, os exemplos vindos dos EUA, com notícias de
startups bem-sucedidas, é mais um incentivo. Isso inclui os primeiros passos
para a formação de um ecossistema de investimento em startups no País, com
maior aproximação com fundos nacionais e internacionais.
Paralelamente também há uma busca maior por formação, o que
se explica pela expansão acelerada de cursos de graduação, pós e extensão
ligados a essas atividades.
Tendência
Só para dar um exemplo prático do interesse dos jovens pela
economia criativa, já começam a chegar ao Brasil os eventos que aliam digital,
música, criatividade e negócios, a exemplo do badalado South by Southwest
(SXSW). Realizado anualmente no Texas, esse é o principal evento de
criatividade do mundo.
No Brasil, dois empreendedores – Fabio Seixas e Rafael
Vettori - enveredaram por esse universo e criaram o Festival Path, que mescla
música, filmes, gastronomia e debates, que terá uma nova edição no final de
abril, em São Paulo.
A crise pode – e vai – diminuir a velocidade do
desenvolvimento dos negócios nessas áreas, mas não deve ser fechar o caminho.
Isso porque há diversos nichos com demandas não atendidas que podem ser
aproveitados pelos empreendedores. Além disso, as pessoas não vão deixar de se
vestir, comer, acessar à internet ou se divertir porque o País atravessa uma
mau momento. Com criatividade e radares ligados, é possível seguir
adiante.
Por Clayton Melo Publicado originalmente em Istoé Dinheiro
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